quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Que Espécie De Ser Humano Abandona Animais


Vira-Latas São Lindos Feio é o Seu Preconceito







Posse Responsável




Pode invadir ou chegar com delicadeza

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!
Martha Medeiros

terça-feira, 16 de novembro de 2010

E você, vai deixar BARATO ?




CPMF NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOO  Contra o retorno da CPMF
 - Movimento Endireita Brasil »
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N3715 Acesse ao site e assine!!!
No decorrer de toda a campanha eleitoral, a então candidata Dilma Roussef declarou seu compromisso de combater
os elevadíssimos impostos praticados no país. Apenas três dias após ser eleita, através do voto de
confiança de 55.752.529 brasileiros, a presidente já sinaliza a possibilidade de resgatar a CPMF
(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Dos 27 governadores da federação, 14 já se manifestaram a favor do retorno do imposto, derrubado pelo Senado em
dezembro de 2007.
Abraçados ao argumento demagógico de que a CPMF é uma importante fonte de investimento para a saúde pública, os governadores
defendem, como de praxe, a engorda do orçamento de seus estados.



Não a CPMF... estes políticos cara de pau, mal foram eleitos e já querem voltar com o imposto,
aumentar salario de prefeito, ministro, etc......  ESTE PAIS É UMA VERGONHA...
Pessoal, temos que nos manisfestar e fazer algo mudar neste país... chega de IMPUNIDADE,
chega de CONFORMISMO, chega de CORRUPÇÃO........ Será que o Brasil só vai se unir e se rebelar quando acabarem com o feriado do Carnaval????
A gente é mais que isso... somos um povo trabalhador e honesto...
 temos que nos UNIR CONTRA QUEM QUER DIRIGIR O BRASIL A BENEFICIO PROPRIO



Manifestações pelo Brasil inteiro contra o RETORNO DA CPMF
Veja sua cidade e participe http://ow.ly/3ajG4

CPMFNAO: Mobilização #CPMFNAO 20/11 11 horas

CPMFNAO: Mobilização #CPMFNAO 20/11 11 horas: "Quem ainda não leu, dê uma olhada na Apresentação do movimento #CPMFNAO. Propomos atividades de protesto nas ruas em todo o país no dia 20/..."

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Minha mãe nunca deixará de me amar


Eu cresci em uma família muito normal com dois irmãos e duas irmãs. Embora naqueles tempos não tivéssemos muito dinheiro, sempre me lembro dos meus pais levando-nos para fazer piqueniques ou para ir ao zoológico nos fins de semana.
Minha mãe era uma pessoa muito afetuosa e dedicada. Estava sempre pronta para ajudar alguém e freqüentemente trazia para casa animais perdidos ou machucados. Embora tivesse cinco filhos para criar, sempre encontrava tempo para ajudar ao próximo.
Eu penso na minha infância e vejo os meus pais não como marido e mulher com cinco filhos, mas como duas pessoas recém-casadas muito apaixonadas. O dia era para ser passado conosco, as crianças, mas a noite era a sua hora de estar um com o outro.
Lembro-me de que numa noite estava deitado na cama. Era domingo, 27 de maio de 1973. Eu acordei com o som dos meus pais voltando para casa depois de uma noite fora com alguns amigos. Eles estavam rindo e, quando os ouvi indo para a cama, virei de lado e voltei a dormir, mas nesta noite todo o meu sono foi agitado por pesadelos.
Na manhã de segunda-feira, 28 de maio de 1973, acordei. O dia estava nublado. Minha mãe ainda não havia acordado, por isso todos nós nos arrumamos e fomos para a escola. Durante todo aquele dia, tive uma sensação de um vazio interior. Depois da escola, voltei para casa.
- Oi, mãe, estou em casa. - Não houver resposta. A casa parecia gelada e vazia. Senti medo. Tremendo, subi as escadas e fui para o quarto dos meus pais. A porta estava apenas entreaberta e eu não pude ver tudo lá dentro. - Mãe? - Eu a abri totalmente para poder ver todo o quarto, e lá estava a minha mãe deitada no chão ao lado da cama. Tentei acordá-la, mas não consegui. Então soube que estava morta. Eu dei meia-volta, saí do quarto e fui para o andar de baixo. Sentei-me no sofá em silêncio durante muito tempo, até a minha irmã mais velha voltar para casa. Ela viu-me sentado ali e imediatamente subiu correndo as escadas.
Eu fiquei sentado na sala de estar e observei enquanto o meu pai falava com o policial. Vi a minha mãe ser carregada em uma maca para a ambulância. Tudo que pude fazer foi sentar e olhar, nem mesmo pude chorar. Nunca havia pensado em meu pai como um homem idoso, mas naquele dia, quando o vi, ele nunca pareceu tão velho.
Terça-feira, 29 de maio de 1973. Meu 11º aniversário. Não houve música, festa ou bolo, apenas silêncio enquanto nos sentávamos ao redor da mesa de jantar olhando para a nossa comida. Era minha culpa. Se eu tivesse voltado para casa mais cedo ela ainda estaria viva. Se eu fosse mais velho ela ainda estaria viva. Se...
Durante muitos anos, tive o sentimento de culpa pela morte da minha mãe. Pensei em tudo que poderia ter feito. Todas as coisas desagradáveis que dissera para ela. Realmente acreditava que porque eu era criança-problema, Deus estava punindo-me, levando-a. O que mais me perturbava era o fato de não ter tido a chance de dizer adeus. Nunca mais sentiria o seu abraço carinhoso, o cheiro adocicado do seu perfume ou os seus beijos suaves quando ela colocava-me na cama, à noite. Para a minha punição, tudo isso foi tirado de mim.
No dia 29 de maio de 1989, meu aniversário, eu estava sentido-me muito solitário e vazio. Não me havia recuperado dos efeitos da morte da minha mãe. Estava muito perturbado emocionalmente. Minha raiva de Deus atingira o seu auge. Eu chorei e gritei para Ele:
- Por que levou minha mãe? Nem mesmo me deu a chance de dizer adeus. Eu a adorava e o Senhor a tirou de mim. Eu só queria abraçá-la mais uma vez. Eu o odeio! - Eu sentei-me na sala de estar, soluçado. Senti-me esgotado. Subitamente, fui tomado por uma sensação de calor. Pude sentir fisicamente dois braços abraçando-me, um aroma familiar mas há muito esquecido. Era ela. Senti sua presença, o seu toque e o seu perfume. O Deus que eu odiara atendera ao meu desejo. Minha mãe estava vindo para mim quando eu precisava dela.
Hoje sei que minha mãe está sempre comigo. Ainda a amo de todo o coração, e sei que sempre estará ao meu lado. Justamente quando eu havia desistido e resignado-me com o fato de que se fora para sempre, ele fez-me saber que nunca deixaria de me amar.

 

sábado, 6 de novembro de 2010

TESTAMENTO DE UM CÃO...

Minhas posses materiais são poucas e eu deixo tudo para você… Uma coleira mastigada em uma das extremidades, faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro e uma escudela de água que se encontra fendada na borda.
Deixo para você metade de uma bola de borracha, uma boneca rasgada, que você vai encontrar debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito, que está debaixo do fogão da cozinha e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas, e sob o assoalho de minha cama. Além disso, eu deixo para você a memória, que, aliás são muitas.

Deixo para você a memória de dois enormes olhos marrons, a memória de uma caudinha curta e espetada, de nariz molhado e de choradeiras atrás da porta.
Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar junto à janela, quando nas tardes de inverno eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu, e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.
Deixo, ainda, a lembrança de momentos que saíamos juntos e dos biscoitos que me dava
Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia, meu apoio quando as coisas não andavam bem; meus latidos quando você levantava a voz aborrecido… e minha frustração por você ter ralhado comigo todas as vezes que eu colocava o nariz debaixo da cauda. Eu nunca fui à igreja e nunca escutei um sermão. No entanto, mesmo sem haver falado sequer uma palavra em toda a minha vida, deixo para você exemplo de paciência, de amor e compreensão.
Deixo ainda a certeza de que sua vida foi muito mais alegre porque eu vivi nela!!!!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Carta de um Bebê



Oi mamãe, tudo bom?
Eu estou bem, graças a Deus faz apenas alguns dias que você me concebeu em sua barriguinha.
Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe, outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.
Tudo parece indicar que eu serei a criança mais feliz do mundo !!!!!!
Mamãe, já passou um mês desde que fui concebido,
e já começo a ver como o meu corpinho começa a se formar, quer dizer,
não estou tão lindo como você, mas me dê uma oportunidade !!!!!!
Estou muito feliz!!!!!!
Mas tem algo que me deixa preocupado...
Ultimamente me dei conta de que há algo na sua cabeça que não me deixa dormir, mas tudo bem, isso vai passar, não se desespere.
Mamãe, já passaram dois meses e meio, estou muito feliz com
minhas novas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar...
Mamãezinha me diga o que foi?
Por que você chora tanto todas as noites??
Porque quando você e o papai se encontram, gritam tanto um com o outro?
Vocês não me querem mais ou o que?
Vou fazer o possível para que me queiram...
Já passaram 3 meses, mamãe,
te noto muito deprimida, não entendo o que está acontecendo, estou muito confuso.
Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma visita amanhã.
Não entendo, eu me sinto muito bem....
por acaso você se sente mal mamãe?
Mamãe, já é dia, onde vamos?
O que está acontecendo mamãe??
Porque choras??
Não chore, não vai acontecer nada...
Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono, quero continuar brincando com minhas mãozinhas.
Ei !!!!!! O que esse tubinho está fazendo na minha casinha??
É um brinquedo novo??
Olha !!!!!! Ei, porque estão sugando minha casa??
Mamãe !!!!
Espere, essa é a minha mãozinha!!!!
Moço, porque a arrancou??
Não vê que me machuca??
Mamãe, me defenda !!!!!!
Mamãe, me ajude !!!!!!!!
Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho??
Mãe, a minha perninha, estão arrancando.
Diga para eles pararem,juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar.
Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver só quando eu for grande e forte.....
ai.....
mamãe, já não consigo mais...
ai...
mamãe, mamãe, me ajude...
Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia, e eu daqui de cima observo como ainda te machuca ter tomado aquela decisão.
Por favor, não chore,lembre-se que te amo muito e que estarei aqui te esperando
com muitos abraços e beijos.
Te amo muito
Seu bebê.

Diga NÃO ao aborto


Procedimentos empregados para o aborto induzido

Nos três primeiros meses da gestação
O aborto químico, também conhecido como aborto médico ou aborto não-cirúrgico é aplicável apenas no primeiro trimestre da gravidez e equivale a 10% de todas as interrupções voluntárias da gravidez nos Estados Unidos e Europa. Consiste na administração de fármacos que provocam a interrupção da gravidez e a expulsão do embrião.
Nos casos de falha do aborto químico é necessária aspiração do útero para completar a interrupção da gravidez cirurgicamente.
No procedimento de aspiração uterina o médico introduz uma cureta no útero da gestante para remover o feto. No caso de gestação até seis semanas a aspiração é manual utilizando uma cânula flexível e não é necessário dilatação cervical, sendo utilizado para resolver situações como gravidez ectópica e molar quando apoiado em exames de ultrassons. No caso de gestações mais avançadas até doze semanas é utilizado um aparelho de vácuo eléctrico e os conteúdos do útero (incluindo o feto) são sugado pelo equipamento. Em ambos os casos são procedimentos
não-cirúrgicos, realizado em cerca de dez minutos, com baixo risco para a mulher (0,5% de casos de infecção) e muito eficazes[carece de fontes?].
No caso de não ser possível a aspiração, recorre-se à curetagem. Neste caso o médico, após alargar a entrada do útero da paciente, introduz dentro dela a chamada cureta, que é um instrumento cirúrgico cortante, em forma de colher. Servindo-se da cureta, o médico retira todo o conteúdo do útero.

Após os três primeiros meses da gestação
O procedimento de curetagem é aplicável ainda no começo do segundo trimestre, mas se não for possível terá de recorrer-se a métodos como a dilatação e evacuação. Neste procedimento o médico promove primeiro a dilatação cervical (um dia antes). Na intervenção que é feita sob anestesia é inserido um aparelho cirúrgico na vagina para cortar o feto em pedaços, e retirá-los um a um de dentro do útero. No final é feita a aspiração. O feto é remontado no exterior para para garantir que não há nenhum pedaço no interior do útero que poderia levar a infecção séria. Em raríssimas situações (0.17% das IVGs realizadas nos Estados Unidos em 2000) o feto é removido intacto.
Outra alternativa é forçar prematuramente o trabalho de parto.

Aborto por "nascimento parcial"
O aborto por ECI (esvaziamento craniano intrauterino), ou aborto com nascimento parcial, é uma técnica utilizada para provocar o aborto quando a gravidez está em estágio avançado (entre 20 e 26 semanas).Guiado por ultrassom, o médico agarra a perna do feto com um fórceps, puxa-a para o canal vaginal, e então puxa seu corpo inteiro para fora do útero, com exceção da cabeça. Faz então uma incisão na nuca, inserindo depois um catéter para sugar o cérebro do bebê e então retirá-lo por inteiro do corpo da mãe (dependendo da legislação do país, se o bebê
respirar o ato configura-se como infanticídio, podendo ser punido pela lei).
Esta técnica tem sido alvo de intensas polêmicas nos Estados Unidos. Em 2003 sua prática foi proibida no país, gerando revoltas de movimentos pró-aborto.

Legislação

Dependendo do ordenamento jurídico vigente, o aborto considera-se uma conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas.
As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crime contra a vida humana, ao apoio estatal para realização do acto pedido da grávida.



ODEIO ESTE TEXTO



"(...)Eu odeio que encostem o cotovelo, a bunda ou uma cerveja molhada em mim enquanto eu tento encontrar um espaço para dançar. Eu odeio que encostem em mim, odeio a pele de um desconhecido indesejado.
(...)Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo "concordo com o mundo que ela é muito gostosa". E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo "hmmmmm delícia" já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio.
(...)Odeio mau hálito e mais ainda o fato de que justamente as pessoas podres são aquelas que falam mais baixo e nos obrigam a ter que chegar perto. Eu odeio machismo, submissão e mais do que tudo isso ter que ser forte o tempo todo e não ter um ombro másculo para chorar até minha última gota desamparada.
(...)Odeio pessoas muito oleosas, muito peludas, muito suadas e acima de tudo meninas que cheiram a lavandas e gostam de adesivos de ursinho.
(...)Odeio quem comemora porque passou numa faculdade que meu primo de 8 anos passaria e quem diz "peguei a mina".
(...)Odeio os Estados Unidos mas odeio muito mais o fato de a gente ter sangue europeu mas ficar imitando esses estúpidos, que também têm sangue europeu mas são estúpidos por herança criada. Odeio a frase "eu vou no super, comprar umas cervas para o churras".
(...)Odeio quem passa o dia no shopping com a família, churrascaria com aquele desfile de bichinhos mortos, principalmente porque você está lá tranqüilamente comendo e vem alguém com um espeto (que é grosseiramente imposto ao seu lado), te espirra sangue, fala um nome idiota e você nunca sabe exatamente de que parte se trata.
(...)Odeio quem casa virgem, odeio quem chega em casa depois de uns malhos no carro e enfia o dedo no meio das pernas porque tava louca para dar mas "ele ia me achar muito fácil". Mas eu também odeio mulher que sai dando pra meio mundo e perde o mistério. Sei lá, essa coisa toda de dar vai ser sempre uma dúvida.
(...)Odeio meninas caçadoras de homens ricos mas odeio sair com um cara que está tentando começar um relacionamento e ter que rachar a conta, seria mais simpático me deixar pagar a conta toda. Rachar é péssimo.
(...)Dividir banheiro, pêlo alheio em sabonete, acordar cedo e meninas adolescentes peruas com voz de pato.
(...)Quando eu era criança sonhava todas as noites que arrancava os olhos de todo mundo e só eu podia enxergar o quanto era feio eu ser como sou."

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pode invadir ou chegar com delicadeza

 

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!
Martha Medeiros

VOCÊ É...


Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
Martha Medeiros

A DOR QUE DÓI MAIS


Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Martha Medeiros

terça-feira, 2 de novembro de 2010

TESTAMENTO DE UM CÃO...

Minhas posses materiais são poucas e eu deixo tudo para você… Uma coleira mastigada em uma das extremidades, faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro e uma escudela de água que se encontra fendada na borda.
Deixo para você metade de uma bola de borracha, uma boneca rasgada, que você vai encontrar debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito, que está debaixo do fogão da cozinha e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas, e sob o assoalho de minha cama. Além disso, eu deixo para você a memória, que, aliás são muitas.

Deixo para você a memória de dois enormes olhos marrons, a memória de uma caudinha curta e espetada, de nariz molhado e de choradeiras atrás da porta.
Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar junto à janela, quando nas tardes de inverno eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu, e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.
Deixo, ainda, a lembrança de momentos que saíamos juntos e dos biscoitos que me dava
Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia, meu apoio quando as coisas não andavam bem; meus latidos quando você levantava a voz aborrecido… e minha frustração por você ter ralhado comigo todas as vezes que eu colocava o nariz debaixo da cauda. Eu nunca fui à igreja e nunca escutei um sermão. No entanto, mesmo sem haver falado sequer uma palavra em toda a minha vida, deixo para você exemplo de paciência, de amor e compreensão.
Deixo ainda a certeza de que sua vida foi muito mais alegre porque eu vivi nela!!!!

"Sabe, eu costumava deixar muitas coisas para amanhã.

"Sabe, eu costumava deixar muitas coisas para amanhã.
Resolvi lhe dizer, hoje, o quanto você é importante,
porque quando acordei, uma pergunta ressoava na acústica de minha alma:
E se não houver amanhã?

Então, hoje eu quero me deter um pouco mais, ouvir melhor suas idéias,observar seus gestos mais simples, guardar o tom de sua voz,
seu "jeitão" e a música que você mais gosta,a sua cor predileta...
Porque, se não houver amanhã...
Eu quero ter gravado seu jeito de andar, de correr, de abraçar.
Porque... se não houver amanhã...
eu quero saber qual em minha mente o seu sorriso,
seu jeito de ser, suas manias...
Hoje eu quero fazer uma prece ao seu lado, descobrir com você a magia da serenidade, quero subir aos céus, juntos, pelos fios invisíveis da oração.
Hoje eu vou me sentar com você,
ouvir a melodia dos pássaros e sentir a brisa, em silêncio...
E sem pressa.
Hoje eu vou lhe pedir por favor, agradecer, me desculpar, pedir perdão, se for necessário.
Sabe, eu sempre deixei todas essas coisas para amanhã,
mas o amanhã é apenas uma promessa...
O hoje é presente.
Assim, se não houver amanhã, eu quero descobrir hoje qual é a flor que você mais gosta e lhe oferecer um belo ramalhete.
Quero conhecer seus receios, lhe aconchegar em meus braços e lhe transmitir confiança...
Hoje, quando você for se afastar de mim, vou segurar suas mãos e pedir para que fique um pouco mais ao meu lado.
Sabe, eu sempre costumo deixar as palavras gentis para dizer amanhã, carinhos para fazer amanhã, muita atenção para prestar amanhã,
mas o amanhã talvez não nos encontre juntos.
Eu sei que muitas pessoas sofrem quando um ser amado embarca no trem da vida e parte sem que tenham chance de dizer o que sentem e sei também que isso é motivo de muito remorso e sofrimento.
Por isso eu não quero deixar nada para amanhã, pois se o amanhã chegar e não nos encontrar juntos.
Você saberá tudo o que sinto por você e saberei também o que você sente por mim.
Nada ficará pendente...
Quero registrar na minha alma cada gesto seu.
Quero gravar o seu sorriso, pois se a vida nos levar por caminhos diferentes eu terei você comigo, mesmo estando temporariamente separados.

Sabe, eu não sei se o amanhã chegará para nós, mas sei que hoje, hoje eu posso lhe dizer O QUANTO É IMPORTANTE PRA MIM!!!!!!